Introdução: a adesão ao tratamento medicamentoso é fundamental para a eficácia terapêutica, redução de custos com complicações e melhoria da qualidade de vida dos pacientes. No entanto, no contexto brasileiro atual, observa-se uma significativa taxa de não adesão, comprometendo o controle de doenças e aumentando o risco de agravamentos clínicos. Objetivo: analisar na literatura científica os principais fatores associados à baixa adesão ao tratamento medicamentoso entre pacientes no Brasil, com foco em doenças crônicas. Métodos: trata-se uma revisão integrativa da literatura, selecionando artigos científicos que abordam a temática da adesão ao tratamento medicamentoso. A busca dos dados foi realizada na biblioteca virtual em saúde. Foram utilizados os descritores e palavras-chave: adessão, tratamento e medicamento. A coleta de dados foi realizada no mês de abril. Foram adotados como critérios de inclusão: artigos que abordassem a temática, publicados no idioma português, nos últimos 5 anos. Resultados: a prevalência de baixa adesão ao tratamento farmacológico de doenças crônicas no Brasil é significativa. Estudos indicam que fatores como idade avançada, baixa escolaridade, necessidade de pagamento parcial ou total pelos medicamentos, presença de múltiplas doenças, uso de múltiplos medicamentos e percepção negativa da própria saúde estão associados à menor adesão ao tratamento. Além disso, residentes das regiões Nordeste e Centro-Oeste apresentam maiores taxas de não adesão. Conclusão: a baixa adesão ao tratamento medicamentoso é influenciada por uma combinação de fatores individuais, socioeconômicos e relacionados ao sistema de saúde. É essencial que os profissionais de saúde adotem uma abordagem holística, considerando as particularidades de cada paciente, e promovam estratégias de educação em saúde para melhorar a adesão ao tratamento e, consequentemente, os desfechos clínicos.
Referências
SOUZA, R. et al. Fatores associados à má adesão ao tratamento de doenças crônicas em idosos. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rio de Janeiro, v. 22, n. 1, e180174, 2019.
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